Livro: Água para elefantes.
Autora: Sara Gruen.
O modo como Sara Gruen, autora do livro, descreve os cenários, é
incrível, cada cena se materializa diante de seus olhos, pelo menos foi assim
que aconteceu comigo.
Sob a narrativa de Jacob Jankowski já idoso, com todas as suas
limitações e pensamentos melancólicos sobre sua situação frágil e rotineira, é
que conhecemos o Esquadrão Voador do Circo dos Irmãos Benzine – O maior
espetáculo da Terra.
Todas a suas lembranças da juventude vem à tona, quando um circo chega
na cidade e Jacob ao o ver de sua janela recorda o que viveu desde que seus
pais morreram, sua saída da faculdade de veterinária, sua entrada num vagão de
trem – que depois descobriu que era de um circo – até sua história de amor com
Marlena e Rose, a elefanta e de suas desavenças com Augus e Tio Al.
Jacob se torna o novo veterinário do circo, cuidar dos animais se torna
uma missão, um compromisso com seu pai.
O toque especial do livro é a nostalgia vivida por ele, a questão do
tempo ter passado, a saudade, o “abandono” de seus filhos e suas lembranças
vivas e intactas, nos leva a pensar nas condições do que é ser idoso e que tudo
o que você viveu, agora farão parte apenas de um passado longínquo de
disposição e imponência da juventude.
Também há denúncia de maus tratos aos animais de circos e o drama dos
próprios trabalhadores, como a falta de pagamento e o quanto é triste para
todos quando um circo fecha e perde tudo para outro.
O livro tem o mesmo ritmo do começo ao fim, a autora consegue prender
bem nossa atenção, e ao final quando fechamos o livro, temos uma positiva
sensação, porque percebemos que mesmo em meio a situações adversas, quando
lutamos pelo que acreditamos, a vida se transforma em literatura e que as
dificuldades nos levam sempre a um objetivo maior.
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