segunda-feira, 30 de junho de 2014

2º Trocando Letras. (evento)


Oi gente,

dia 27 de junho/2014, aconteceu nosso segundo evento de troca de livros... dessa vez escolhemos a cidade de Itapajé, onde a gente mora, para incentivar tanto a leitura e a troca como também a visita a biblioteca pública municipal.

O evento contou com o apoio da Secretaria de Cultura de Itapajé, que nos cedeu o espaço que fica em cima do prédio da biblioteca, para que a gente colocasse nossa mesa, nossos livros e claro, um banquinho de praça para não nos afastarmos tanto de nossas raízes que é a rua.

Foi muito bacana, teve música, café, slides com fotos e um pouco da biografia de alguns de nossos escritores preferidos, muitas conversas, risos, fotos, pirulito para quem apareceu por lá, sorteio... enfim, foi simplesmente perfeito e na minha opinião não faltou nada.

Teve gente levou 1, 2, 10 livros, teve gente que levou até mesmo uma caixa (mais uma vez valeu Tony), e a Marly que pegou o livro “A magia dos anjos cabalísticos” e não soltou mais!!

Agradeço a cada um que acreditou que seria um evento legal e foi lá, ficou com a gente até o final, a Dra Clara (secretária de cultura) que aprovou nosso evento e deu toda assistência, juntamente com a Jane Eyre e o Aires.

Sem esquecer também do Jonas Gomes que cedeu um espaço no seu programa na rádio Guanacés para que a gente explicasse melhor o que é o Trocando Letras, como surgiu essa idéia, como funciona o evento. Obrigada por nos ajudar a divulgar.

Então, essa foi mais uma ação que a gente executou de democratização da cultura, nós que sempre temos umas idéias loucas... agora nos unimos para incentivar a leitura e a troca de livros entre leitores.

Um modo simples e fácil de se desfazer de livros que não queremos mais ler de novo, oferecer uma nova e boa leitura a alguém, receber também um novo mundo, um novo conhecimento e fazer novos amigos.

Para conferir todas as fotos do nosso evento, clique aqui: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.532338850221907.1073741832.434765699979223&type=3

terça-feira, 10 de junho de 2014

Resenha: Divergente.


Título: Divergente.                                                                                                                                Autor: Veronica Roth.

A distopia Divergente, se passa numa Chicago futurista, onde a sociedade está dividida em 5 facções, são elas: A Abnegação, Audácia, Franqueza, Erudição e Amizade.

Acompanhamos a vida de Beatice Prior, desde sua antiga facção, a Abnegação. É chegado o dia da cerimônia de iniciação, o dia em que jovens de 16 anos fazem a escolha mais importante de suas vidas, testes de aptidão são aplicados antes de receberem as orientações para ajudá-los a escolher qual facção se tem mais vocação. O resultado de Beatrice é inconclusivo, o que imediatamente a define como Divergente.

Ao escolher a Audácia como sua nova facção, Beatrice muda seu nome para Tris e deixa para trás sua família. Até a metade do livro, ninguém sabe o que ser divergente significa, Tris passa por um treinamento pesado, brutal, até que sua tendência divergente fala mais alto, isso na segunda parte de sua iniciação.


Ela passa por muitas provações e conflitos interiores, abandonar sua antiga vida de negação e iniciar em outra sem regra nenhuma é um mundo novo, é viver a liberdade que sempre lhe foi negada, e isso fica bem claro nas várias experiências que ela vive com os membros da audácia.

Seus amigos também a ajudam na adaptação, já que muitos deles também vieram de outras facções, também conta com a ajuda de seu instrutor misterioso, o Quatro, por quem acaba se apaixonando, já que sempre tem que ter um romance.

Também tem o lado podre da história, Peter que também é iniciando que faz de tudo para estar sempre entre os primeiros colocados, não importa o que tenha que fazer, Eric, que é um dos líderes corruptos da audácia, Jeanine, uma das líderes da erudição, que pratica um golpe com a ajuda dos líderes da audácia para derrubar o poder que está nas mãos dos líderes da Abnegação.


E muitas outras emoções que você só para de ler quando o livro acaba, por motivos óbvios... e você necessita começar Insurgente e ver o resultado da bagunça causado pelos Divergentes!!!




sexta-feira, 6 de junho de 2014

Resenha: O Jardim Secreto

               


 


Título: O Jardim Secreto
Autor: Frances Hodgson Burnett
Editora:34

 Mary Lennox era uma dessas crianças antipáticas, dessas que ninguém suporta e feia também, pálida. Morava na Índia com o pai e a mãe, o pai trabalhava para o governo inglês e a mãe -ah, a mãe não gostava dela, deixavam-na sobre os cuidados da Aia. Depois de ter havido uma epidemia de cólera, acabaram morrendo e deixando Mary sozinha.
         
Como não tinha mais com quem pudesse ficar na Índia, foi então mandada para a casa do tio Archibald Craver, em Misselthwaite Manor, na Inglaterra. Onde de conhece Marta a empregada que ele lhe fala sobre sua mãe, seu irmão Dickon e a charneca. Como não quer ficar trancada em casa o tempo todo e pelos exemplos das histórias sobre Dickon, Mary decide sair para conhecer os jardins.
       Nos jardins conhece Ben Weatherrstaff um jardineiro rabugento e o pisco-do-peito-ruivo um passarinho muito simpático e que se torna seu primeiro amigo.
         Ela descobre um jardim secreto, fechado há dez anos, e começa a cuidar dele com a ajuda de Dickon e depois de Colin, seu primo, um menino que passou a vida esperando a norte iminente e que dá ataques histéricos com frequência. Ou seja, uma criança muito parecida com ela, quando chegou a mansão. Mary fica amiga dele e eles começam a planejar a sua ida ao jardim.
            Esse é um livro imensamente gostoso de se ler, as descrições da charneca são apaixonantes, o jardim, as coisas crescendo e anunciando vida, cheirando a vida. Tudo é muito bem pintado, como se estivéssemos ali ao lado de Mary. E vemos as cores todas muito bem reproduzidas em cada cena. Sabe aquelas pinturas naturalistas cheia de árvores, feitas com pinceladas esfumadas? Pois é, eu me imaginava dentro desses quadros e ai passando de um quadro a outro. O jardim é apresentado de um modo magnificamente belo, assim como a chanerca, e a casa de cem quartos.
 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Resenha: Como Água para Chocolate




Título: Como Água para Chocolate
Autor(a): Laura Esquivel
Editora: Record



Quando o vi na estante da biblioteca admirei seu título, mas quando fui folheá-lo logo me desinteressei achando que era um livro de receita, portanto é necessário saber que cada capítulo deste livro começa com uma receita.
Então não! Não, esse não é um livro de receitas, apesar de que a história está toda entrelaçada entre sabores e cheiros de cozinha. É um livro de amor, drama, tradição familiar, dor, lágrimas e a história de Tita, uma mulher que é proibida de casar por causa de uma tradição familiar para cuidar da mãe e a mãe, no caso, é uma mulher amarga, fria, inflexível, ou seja, aquela personagem que você quer matar o livro todo, não precisa nem sofrer, basta morrer para deixar a mocinha em paz.
"No entanto, Tita não estava conformada. Uma grande quantidade de dúvidas e inquietudes acudiam a sua mente. Por exemplo, gostaria de saber quem tinha iniciado essa tradição familiar. Seria bom que ela pudesse fazer essa engenhosa pessoa saber que seu plano perfeito para assegurar a velhice das mulheres tinha uma ligeira falha. Se Tita não podia casar-se nem ter filhos, quem cuidaria dela então quando chegasse a sua vez de ficar velha? Qual seria a solução acertada nesses casos? Ou não se esperava que as filhas que ficavam cuidando de suas mães sobrevivessem muito tempo depois do falecimento de suas progenitoras? E onde ficavam as mulheres que não podiam casar-se e ter filhos, quem se encarregaria de atendê-las? E mais ainda, queria saber quais foram as investigações levadas a cabo para concluir que a filha mais nova era a mais indicada para velar por sua mãe e não a mais velha? Alguma vez se havia levado em conta a opinião das filhas afetadas? Se não podiam casar, ao menos lhe seia permitido conhecer o amor? Ou nem sequer isso?"
O desenrolar dessa história de amor recheada de romance,  lágrimas, receitas e secredos culinários prende de tal forma o leitor que se torna quase impossível larga o livro até tê-lo acabado. Torcemos pelos personagens, nos compadecemos com as angústias e tentativas de Tita de escapar de seu "destino", e desejamos imensamente poder provar cada um dos pratos por ela preparados. A maneira magistral com que a autora une as receitas com a história, dissolvendo uma na outra de maneira a não poder separa-las. como se cada acontecimento daquela casa, cada sentimento que circundasse a cozinha fosse parte importante da receita.
Tita foi criada na cozinha em meio às panelas aos cuidados de Nacha, a cozinheira, o que fez com que fosse menos próxima da mãe. Não que o que fosse acontecer tivesse a ver com isso, ser distante não era algo que parecia afetar nenhuma das partes. Levavam uma vida normal, Mamãe Elena como a patroa, Tita como a ajudante de cozinha.
Rosaura, irmã mais velha acaba sendo dada em casamento a Pedro, que é apaixonado por Tita e correspondido.No decorrer de cada capítulo/receita a estória é desenrolada, é uma narrativa envolvente e muito bem desenvolvida, não há uma ordem cronológica acertada, o tempo passar muito rápido, passam-se anos em poucas páginas.  
O livro tem uns exageros artísticos, algo de surreal, mas que o torna mais interessante ainda, como a cena do almoço de casamento que faz com que todos passem mal ou quando Gertrudes_irmã de Tita_ consegue incendiar o banheiro e fugir de casa nua tudo por causa da ingestão de um prato feito por Tita, a base de rosas (e sangue). 





segunda-feira, 2 de junho de 2014

Não Furtarás

          


 Chegaram 728 novos volumes na Biblioteca Municipal Aristóteles Carneiro. Quando eu soube disso pensei em fazer uma postagem sobre os MISTERIOSOS desaparecimentos de livros da biblioteca. Queria poder lhe falar dos suculentos Cuenca, Allende e Abreu que estavam prontos para serem devorados. Mas acabei de chegar de lá e não me pareceram a espécie de livros roubáveis. Talvez apenas por algum estudante de Artes Cênicas da UFC que irá se instalar aqui.
            Enfim, furtar livros é um assunto meio romântico, para os amantes de literatura, ou aventuresco por conta das novas tecnologias (mas isso só nas grandes livrarias) e que torna tudo mais complicado com seus chips e imãs e alarmes e câmeras. 
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            Tudo concorria para que o furto ocorresse, eu e minha amiga havíamos planejado tudo, sabíamos exatamente o que queríamos. 
             Naquela época a biblioteca não emprestava livros, ou seja, era um lugar inútil, ninguém consegue ler um livro em pequenas visitas.
             Lembro que ela levou a mochila, havia três computadores, depois as estantes bem em frente, e depois algumas mesas, sentamo-nos peguemos vários livros, abrimos a mochila para pegar uma canela e assim a deixamos. Quando percebemos a total inércia do nosso lado colocamos o livro dentro da mochila, lembro que eu tremia e ela mais do que eu.
             Fomos com o principio de que um livro lido e posto numa estante até o fim de seus dias é um livro que agoniza por anos. Mas não roubamos.
             "Nós dois tivemos aquele tremor quase angustioso, aquela vontade quase irresistível de desfechar um golpe rápido, nós sofremos aquele segundo de agonia_sentimos, de uma maneira horrivelmente clara, que seria justo tomar uma parte do dinheiro da velha.E continuamos pobres (até hoje, Zico!) e seguimos nosso caminho de cabeça baixa (até hoje!) mas perdemos o direito de reprovar os que fazem o que não fizemos_por hesitação ou por estranha covardia."
 Rubem Braga- A Velha