sábado, 30 de agosto de 2014

Kiera Cass em Fortaleza.


No dia 25 de Agosto, Kiera Cass, autora da atual trilogia A Seleção, esteve presente em Fortaleza e eu claro,fui lá na Livraria Cultura pegar meu autógrafo e tirar uma foto com essa diva que, nos proporciona tantos momentos felizes durante e após a leitura de seus livros.

Ela foi super simpática, tirou fotos com todos, cantou e se divertiu bastante durante o evento. Todo mundo estava num misto de nervosismo e euforia para que chegasse logo a sua vez e empolgados por estarmos fazendo parte de um momento tão único como foi esse.

A Livraria Cultura ficou lotada, e quando a Kiera chegou um coro de vozes se uniu entoando “Kiera, cadê você, eu vim aqui só pra te ver” e “Maxon, Maxon, Maxon”.

O evento ocorreu super bem e foi sucesso mundial. O marido da Kiera, o Callaway também estava lá e postou em seu twitter: “Epic, epic, epic Fortaleza”.

Realmente quem não foi perdeu... e faltar a um dia de aula valeu a pena, por que foi muito gratificante e só quem é fã entende o quanto é importante esse tipo de coisa, tanto que tinha lá vários pais participando ativamente, foi tudo muito lindo.

E como é bom também ver o quanto os jovens de Fortaleza e de todo o Brasil, estão lendo e participando de eventos literários, a Bienal de São Paulo também está ai para mostrar que foi sucesso, basta um incentivo a cultura, mesmo que tenha partido de uma empresa privada, mas a população necessita de eventos como esse e não apenas de investimento em turismo como atualmente está sendo a gestão pública no Ceará.


Enfim, Kiera Cass em Fortaleza foi realmente épico!! Mas de 600 pessoas conseguiram acesso a autora e sair de casa, esperar na fila, andar no sol... tudo valeu a pena depois que a gente chega em casa e olha para seus livros autografados e sua foto com ela. <3

*Kiera Cass, atualmente autora da trilogia A Seleção (A Seleção, A Elite e A Escolha) e uma edição especial, chamada: Contos da Seleção: o príncipe e o guarda.
Para a alegria dos fãs, Kiera confirmou agora em Agosto que a trilogia terá continuação e que haverá mais contos, que são uma visão de outros personagens à cerca do enredo.




segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Resenha - Contos de Fadas




Título: Contos de Fadas - De Perrault, Grimm, Andersen e outros
Editora: Zahar
Ano: 2013



Sem a fantasia mercadológica dos clássicos da Disney, mas também não conta com a crueldade dos "originais" redescobertos ultimamente. Apesar disso, são versões que carregam em si uma tranquilidade estranha, um silêncio quase angustiante, digo quase, porque se fosse uma certeza completa, perderia uma qualidade essencial: a incompletude.
Dos sonhos de menino, passando pelas desilusões da adolescência, desembocando no conformismo da maturidade, estes contos perpassam tudo isso. Uma leitura que vale a pena!


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Resenha: Dôra, Doralina

     

                                                 

       Título: Dôra, Doralina
       Autor(a): Rachel de Queiroz

     "E nem chorar eu podia, chorar alivia muito, é o consolo do aflito, mas a mim só me chegava um engasgo na garganta e a agonia da insônia."    pág.115

     A história se passa entre o sertão cearense e o Rio de Janeiro, com passagem pelo interior do país.
       No inicio as vozes centrais estão em Senhora e em Belmiro mais do que na própria Doralina.  Dôra é uma personagem marcada pela dor. Perde o pai muito criança e é criada pela mãe - uma mulher dominadora, seca, que em vez do amor de mãe lhe oferece frieza. Elas não se amam, mal se suportam numa competitividade pouco natural. Dôra talvez desejasse ter a força da mãe; ela a admira, acha-a robusta, rosada, enquanto se sente "um fiapo de gente" e tem, em casa, a posição de uma hóspede
.
       Do outro lado, Senhora, quem sabe, desejasse a juventude da filha; não queria dividir com ela sequer as recordações do marido. Firmava-se numa postura de superioridade como se Dôra, por ser a mais nova e igualmente dona da fazenda, ameaçasse a sua posição. Já Belmiro é um fugitivo que encontra em Doralina uma protetora, que com o tempo e a reclusão que se impôs por conta própria, vai se tornando cada vez mais estranhos,até parar de falar. Ela se casa com Laurindo, que como dizem as más línguas de Aroeiras, mais por conveniência do que qualquer outra coisa. Após a morte do marido Doralina se muda para Fortaleza. 

       Onde Doralina conhece a Campanhia de Teatro do Seu Brandini de quem logo fica amiga e vai trabalhar fazendo a mocinha das peças. Na Companhia ela acaba viajando e conhecendo uma boa parte do Brasil e "o Comandante".  

      Eles se apaixonam e com a Guerra, seu Brandini tem que parar a companhia que nunca ia bem nas finanças [coisas de teatro, sempre com um pé atrás?]. Com isso ela e o comandante vão morar no Rio. Lá ele começa a contra badiar produtos importados bastante em falta por causa da guerra. Quando ele morre e também a mãe acaba se sentindo livre novamente para voltar para  a Aroeiras, como uma "nova" senhora. 

      Doralina não foi uma personagem que me chamou a atenção, me prendi muito mais a Senhora do que a ela. Não consegui apesar de tudo imaginar que ela era realmente má, no fundo devia ter algo de bom, devia mesmo amar a filha de verdade só que não sabia demonstrar.Mas que como Dôra não descobriu, também não nós tinha sido mostrado. Até o final do livro acreditei mesmo que a Senhora era boa, porém, fria. Só consegui me dá conta que ela não amava realmente a filha naquele diário, com as contas da fazenda.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Resenha - Os Meus Romanos

 Créditos da Imagem: Sebo e livraria Corujinha




Título: Os Meus Romanos: Alegrias e Tristezas de uma Educadora Alemã no Brasil
Autora: Ina von Binzer
Editora: Paz e Terra
Ano: 1994

Este livro é uma reunião das cartas que a jovem alemã Ina von Binzer escreve para sua amiga Grete, narrando sua experiência como professora em alguns domicílios do Brasil em pleno século XIX. As impressões acerca da escravidão num período pré-abolicionista, da cultura brasileira, da culinária e outros costumes típicos dos trópicos serão relatados de forma muito espirituosa pela autora que usa o pseudônimo de Ulla von Eck.
É interessante notar que imagem havia do Brasil em outros lugares do mundo nesta época tão distante e sem muita prolixidade já que se trata de cartas para uma amiga íntima, deixando a leitura bem fluida. Neste trecho, ela fala sobre sua chegada na primeira casa onde irá trabalhar lecionando piano e francês para os filhos do Dr. Rameiro, numa fazenda no interior do Rio de Janeiro:

A segunda desilusão vai ser para vocês minha viagem do Rio de Janeiro até cá: não lhes poderei contar nenhum assalto dos indígenas e nem mesmo uma luta contra os tigres, quando no mínimo vocês esperavam uma descrição das cobras gigantes. Tendo chegado até cá sem incidentes, reconheço de antemão a inferioridade em que me encontro diante de vocês, comparando-me a outros viajantes dos trópicos.

No decorrer das cartas que datam de 1881 até 1883, ela vai passar por diversas experiências interessantes. Depois que ela é acometida de uma forte febre na fazenda, muda-se para o Rio, onde se ocupará num colégio interno de moças e onde se passa um dos episódios mais engraçados – para o leitor – do livro. O mau cheiro e a desorganização das ruas da então capital brasileira tiravam a alemã do sério e em um belo dia de carnaval, enquanto ela vai para o dentista, completamente alheia à bagunça reservada para tal data nas ruas, é atingida por bisnagas de água e limões de cheiro. Ela fica indignada com tamanha grosseria.
Em 1882, ela se muda para São Paulo em busca de uma melhor adaptação. É o que acontece, pois encontra muitos alemães e agora trabalha na casa do Dr. Costa tutelando seus cinco filhos, todos com nomes romanos, por quem logo se afeiçoa. Nesta época também conhece um inglês chamando Mr. Hall por quem demonstra um interesse romântico. Por conta de um incidente, ela acaba indo para outra fazenda no interior de São Paulo. É o último lugar de onde escreve, deixando na carta um suspense no ar, fazendo alusão à sua paquera com Mr. Hall.
Acho que uma professora tão aventureira nunca imaginou que suas cartas de cunho pessoal, um dia se tornariam praticamente um documento do Brasil Império e uma obra de grande importância tanto para a área da História, como Educação e Letras sem falar de quem curte uma boa narrativa com dose de realidade.
O esforço da elite brasileira para se assemelhar à Europa é evidente em toda a obra, sem deixar de mostrar a margem da sociedade, pois o assunto da escravidão e da pobreza também é muito tocado. No mais, é como se estivéssemos descobrindo uma faceta desconhecida do nosso país escondida no passado, já que ela descreve com riqueza de detalhes para uma pessoa que nunca esteve aqui. 

Algumas citações:

·         Quem poderia prever que aqui no Brasil viria a sentir o maior frio da minha vida?

·         Pois no Brasil quem se revela muito pontual não deve estar regulando bem.

·         Neste país os pretos representam o papel principal; acho que no fundo são mais senhores do que os escravos dos brasileiros. Todo trabalho é realizado pelos pretos, toda a riqueza é adquirida por mãos dos negros.


domingo, 17 de agosto de 2014

Evento: Dia Nacional dos Semideuses 2014.



No dia 09/08 deste ano aconteceu o Dia Nacional dos Semideuses, evento que ocorre em várias capitais do Brasil... já tinha sido realizado outras vezes aqui em Fortaleza, mas foi o primeiro que eu participei.

Das 9:00 ás 17:00hs, no parque Adahil Barreto... e se você acha que é muito tempo para ficar lá... imagine ai que nem vi o tempo passar!! Por que teve muitas brincadeiras, gente duelando, vôlei, conversas... enfim.


Para quem foi valeu muito a pena e se você não entendeu o que é esse encontro... é onde fãs dos livros do escritor Rick Riordan se reúnem para se divertir simulando as batalhas, caçando “minotauros” e bandeiras, encontrando as pérolas de Pérsefone... enfim, para quem gosta de mitologia grega e romana, ler os livros da série Percy Jackson e os Olimpianos é fundamental e Os Herois do Olimpo que é a continuação da série PJO.

                                           Dia nacional dos semideuses 2014 – Fortaleza/CE

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Resenha: O Verão Antes da Queda

           





               Autor(a): Doris Lessing
               Editora: Record/Altaya
               Ano: 1973
                      
      Só peguei esse livro porque é um capa azul, tava querendo ler e um capa azul deveria servir. Comecei a ler sem colocar muita fé na história, mas é verdade que sempre quando pego um livro tenho essa sensação de repulsa inicial.
      A história tem como base os pensamentos de Kate, que repensa a vida de casada, mãe e dona de casa, que entra tipo numa crise de meia-idade.
      Na primeira metade do livro, a narrativa é desenvolvida em meio aos pensamentos dela, em um plano eu diria até mesmo secundário.
      Kate esbanja simpátias por onde passa, anos de treinamento como matriarca de uma família tradicional inglesa e agora não sabia como parar - máquina de simpátias - como as aeromoças.
      Desde o inicio do livro até o fim não consegui imaginar qual seria o final. De que modo Kate chegaria a seu "final feliz", afinal era isso que ela queria mesmo, um final feliz? Não era disso que estava cheia?
      O que ela queria mesmo era fugir desse mar de simpátias que fazia dela a Sra. Kate Brown, queria perceber-se ainda sexy e atraente, em que os seus 25 anos de casada a haviam transformado?
      Doris retrata o casamento de uma forma perjorativa, infeliz. Como se todos estivessem realmente destinados aquilo.
      Kate consegue um trabalho como tradutora dos conferencistas da Alimentação Mundial, depois "arranja" um caso com um homem mais novo, viaja para a Espanha, isso sem paixão alguma, auto-afirmação. Lá, ele logo fica doente e Kate luta para não o tratar como a um de seus filhos. Quando também fica doente, decide finalmente retornar a Inglaterra nessa época está amarela, magra e com cabelos brancos. É nessa época que tem a maior crise, começa a "indoidar", agora pensando deve ter sido isso que aconteceu quando eu fechei a última página do livro, ela indoidou (conclusões minhas).
       No final, eu esperava que surgisse uma nota grave -  esse livro me lembra uma grande melodia -  mas não foi como se o som fosse se esgueirando até sumir. Foi como se o climax não tivesse acontecido nunca, eu tava pronta para a qualquer momento ele acontecer. Era disso que eu sentia falta de poder aplaudir de pé após a grande nota. Mas ela não surgiu.
      

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Resenha: Jogos Vorazes.


Título: Jogos Vorazes.
Autora: Suzanne Collins.

Katniss Everdeen é uma garota de 16 anos que mora no Distrito 12, o mais pobre dos 12 Distritos de Panem. Houve uma época em que a população dos distritos montou um levante contra a Capital, por conta de seus abusos e injustiças para com o resto dos distritos.

A Capital venceu tal guerra, e ainda deixou como lembrança de seu poder os Jogos Vorazes, onde um casal entre 12 e 16 anos de cada distrito é escolhido para lutar até a morte em uma arena cheia de câmeras onde todo mundo é influenciado a assistir e a gostar, torcer e apostar no seu tributo, tornando este acontecimento o mais natural possível, principalmente para os que moram na Capital.

Mas a 74ª edição dos Jogos, não é apenas mais uma edição, pois Katniss sempre odiou o modo como o distrito 12 é tratado, como que esquecido do mundo, onde a fome mata todos os dias.
O outro tributo do 12 é Peeta Mellark, um garoto que vive em condições de menor pobreza, devido sua família possui uma padaria, mas que também não quer ser só mais uma “peça no jogo da Capital”.

E mesmo sem ter combinado nada, apenas lutando pela sua vida e pela de Peeta, que Katniss começa uma guerra silenciosa contra a Capital, tornando-a uma piada diante de toda a Panem, principalmente pelo fato de ela ter vindo do 12, levando uma mensagem de esperança para os outros distritos brutalmente oprimidos pelo sistema.

Atualmente tem muito jovenzinho que leu, viu o filme, levantou os 3 dedinhos no cinema, mas que não entendeu a profundidade política desse livro/filme, a verdadeira mensagem, nem no quanto nossa sociedade esta refletida, principalmente pela Capital, onde as pessoas são extremamente individualistas, que assistem passivamente as misérias na TV, que acham esse um efeito natural de nossos tempos, que não fazem nada.

Jogos Vorazes traz um mensagem muito boa, apesar dos pesares. É uma obra classificada infanto-juvenil, mas é uma pena ver que alguns dos jovens que leem, continuam nas suas vidinhas, alheios aos problemas da sociedade.


Alguns jovens que tornam este livro em apenas mais um objeto do capitalismo (coisa que a própria obra critica) uma coisa que está na moda, sem conseguir enxergar que vivemos num mundo parecido com esse que Suzane Collins criou.