segunda-feira, 10 de março de 2014

Resenha: Água para elefantes.



Livro: Água para elefantes.
Autora: Sara Gruen.


O modo como Sara Gruen, autora do livro, descreve os cenários, é incrível, cada cena se materializa diante de seus olhos, pelo menos foi assim que aconteceu comigo.

Sob a narrativa de Jacob Jankowski já idoso, com todas as suas limitações e pensamentos melancólicos sobre sua situação frágil e rotineira, é que conhecemos o Esquadrão Voador do Circo dos Irmãos Benzine – O maior espetáculo da Terra.

Todas a suas lembranças da juventude vem à tona, quando um circo chega na cidade e Jacob ao o ver de sua janela recorda o que viveu desde que seus pais morreram, sua saída da faculdade de veterinária, sua entrada num vagão de trem – que depois descobriu que era de um circo – até sua história de amor com Marlena e Rose, a elefanta e de suas desavenças com Augus e Tio Al.

Jacob se torna o novo veterinário do circo, cuidar dos animais se torna uma missão, um compromisso com seu pai.

O toque especial do livro é a nostalgia vivida por ele, a questão do tempo ter passado, a saudade, o “abandono” de seus filhos e suas lembranças vivas e intactas, nos leva a pensar nas condições do que é ser idoso e que tudo o que você viveu, agora farão parte apenas de um passado longínquo de disposição e imponência da juventude.

Também há denúncia de maus tratos aos animais de circos e o drama dos próprios trabalhadores, como a falta de pagamento e o quanto é triste para todos quando um circo fecha e perde tudo para outro.


O livro tem o mesmo ritmo do começo ao fim, a autora consegue prender bem nossa atenção, e ao final quando fechamos o livro, temos uma positiva sensação, porque percebemos que mesmo em meio a situações adversas, quando lutamos pelo que acreditamos, a vida se transforma em literatura e que as dificuldades nos levam sempre a um objetivo maior.

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