segunda-feira, 17 de março de 2014

Resenha: Amar, Verbo Intransitivo





Título: Amar, Verbo Intransitivo
Autor: Mário de Andrade
Editora: Agir

Nem romance, nem conto, idílio. Este foi o gênero escolhido pelo autor para classificar o enredo onde Elza, uma alemã de trinta anos, será contratada pelo Sr. Sousa Costa para iniciar seu filho Carlos na arte do amor. Qual o emprego dela? Ela é professora de amor. Uma alemã contratada pelas famílias burguesas no Rio de Janeiro do século XX, aparentemente como governanta, mas que terá toda uma didática para transformar rapazolas em verdadeiros homens bem instruídos para as intempéries da vida.
O objetivo da protagonista é juntar dinheiro suficiente para voltar à Alemanha e arrumar um bom casamento. Cada passo daquela que trabalha com o título de Fraülein é cercado por um ensaio acerca do povo alemão em comparação com o povo brasileiro. Costumes opostos, naturezas opostas, literatura alemã, jogos de sedução e a dor da separação vivida pelo rapaz são alguns dos elementos encontrados no texto.
Mário de Andrade causou muito escândalo com tal livro lançado no auge do modernismo, o vocabulário também é um pouco estranho ao nosso século, mas a narrativa é interessante e original.

Citações:


A felicidade é tão oposta à vida que, estando nela, a gente esquece que vive.


O corpo tem muito mais memória que o espírito, não é?

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