Livros alegram, afastam o tédio e nos fazem companhia. =]

“Quando você leva um livro numa viajem, acontece uma coisa estranha: o livro começa a colecionar lembranças.

Depois basta abri-lo, e você está de novo no lugar onde o leu. Tudo volta, já nas primeira palavras: as imagens, os cheiros, o sorvete que você tomou enquanto lia...

Acredite, os livros são como papel pega-moscas. Não existe nada melhor para gruda lembranças do que páginas impressas.

Talvez Mo tivesse razão. Mas Maggie levava seus livros em todas as viagens também por outra razão.

Eles eram seu lar quando ela estava num lugar estranho – vozes familiares, amigos que nunca brigavam com ela, amigos inteligentes e poderosos, audazes e experientes, viajados, aventureiros calejados.

Seus livros a alegravam quando ela estava triste e espantavam o tédio (...).”

CORAÇÃO DE TINTA, de Cornelia Funke.

Eu adoro essa passagem desse livro e copiei ela na minha agenda, por um motivo bem especifico: eu me sinto como a Maggie. Eu concordo que os livros são meu lar quando eu estou em um lugar estranho, eles me alegram quando estou triste, afastam meu tédio e me fazem companhia aonde quer que eu vá.

Eu não gosto de usar o termo “me salvou”, mas começar a ler os mais variados tipos de livros, me ajudou bastante no meu crescimento pessoal e até espiritual... me ajudou a enxergar melhor o mundo e uma coisa que eu aprendi, foi que ler não é pra qualquer um e que são os livros que nos escolhem.

Apesar de tudo (modinhas, pessoas achando que você é meeega intelectual, perguntando se você não cansa de ler ou que você é um demente, tímido, solitário, pessoa pura e de bom coração), eu não me arrependo de ter aceitado esse chamado, nem quando eu entro em uma livraria e me sinto mal, por eles cobrarem preços absurdos por livros que está na cara que não valem aquilo, nem quando eu vejo aqueles riquinhos bestas com suas edições de colecionador.

Porque eu sei que a leitura é algo humilde, não é pompa nem glamour... é calmaria, te mostra o mundo em silencio, não faz parte deste que é conectado, rápido, ansioso e desesperado, mesmo que hoje haja escritores e plataformas de leitura que sigam nesse rumo, mas acredito que a essência da literatura ainda reside em algum bairro boêmio de Paris ou Londres com sua arquitetura do século XIX.

E essa postagem é só mais uma reflexão sobre a leitura, não é necessário ninguém concordar comigo,  também porque eu estava sem nada pra fazer e resolvi escrever alguma coisa aqui no blog.

Até a próxima. =]